quarta-feira, 21 de maio de 2008

Pré-jogo


Duelo de tricolores é promessa de um bom jogo no Mário Filho.

Fluminense e São Paulo se enfrentam hoje, às 21h50m, no Maracanã. É a segunda partida válida pelas quartas de final da copa libertadores 2008.

No primeiro Jogo, no Morumbi, quarta-feira passada, o tricolor paulista levou a melhor e venceu por 1 a 0, gol do ex jogador do Flamengo Adriano. Agora tem a vantagem do empate para seguir na competição.

Para garantir a vaga no tempo normal de jogo, o Fluminense precisa vencer por, pelo menos, dois gols. Desde 2001 o tricolor carioca não realiza tal feito. Se vencer por 1 a 0 haverá disputa de pênaltis.

Nas Laranjeiras, muitos consideram o jogo de hoje como o jogo mais importante da história do Flu.

Mistério na escalação dos times para o jogo. No lado carioca, a dúvida é o artilheiro dos gols bonitos, Dodô, que só chegou ao Rio na tarde desta terça-feira, quando voltou da Suíça onde foi prestar depoimento sobre acusação de doping e não treina há cinco dias. Já no São Paulo, o técnico Muricy Ramalho não divulgou a escalação.

A torcida do pó-de-arroz está confiante e acredita na classificação. Expectativa de grande festa nas arquibancadas do maior do mundo. Mais de 80 mil ingressos já foram vendidos antecipadamente.


Bola pro mato! Eu sei que eu to tranquilo...




sexta-feira, 9 de maio de 2008

Sem palavras


No futebol, por mais que se ache impossível, o imponderável às vezes acontece. Por isso é o esporte que desperta paixões e transforma glórias em fracassos em 90 minutos. Foi assim na noite de 7 de maio de 2008, num Maracanã rubro-negro cercado de festa. Afinal, era a despedida de Joel Santana, treinador que tirou o Flamengo da quase lanterna do Brasileiro para alçá-lo a um terceiro lugar - colocação para o clube só pior do que os cinco títulos nacionais conquistados na competição na era Zico & Júnior - e à conquista do Campeonato Carioca, no último domingo.


Pois bem. Foi justamente a celebração de tudo isso que deu o pontapé inicial para o maior vexame da história rubro-negra. Não que o América do México não seja um grande clube ou não tenha tradição em competições. Nada disso. Mas o time atual é fraco, e a vantagem conquistada pelo Flamengo no estádio Azteca com a vitória de 4 a 2 dava garantia à sua festeira torcida de que a classificação para as quartas-de-final estava garantida.


Que a torcida pense isso, é compreensível. Mas uma diretoria, uma comissão técnica e, principalmente, os jogadores não poderiam entrar no clima de oba-oba. E esse erro é repetidamente cometido no Flamengo, clube conhecido por tantas glórias mas que carrega também o peso da soberba. Por isso é odiado na proporção em que é amado.


Dá para imaginar o que pensaram os jogadores mexicanos ao verem toda aquela festa antes do jogo para Joel Santana? Camisa de número 1.000 às costas - aliás, o que significava aquele número? -, recebia placas, beijos. Não deveria ter concordado com isso antes de viajar para a África do Sul. E antes, o seu sucessor, Caio Júnior, já vislumbrava a possibilidade de decidir o Mundial Interclubes. O Flamengo sequer estava classificado para as quartas-de-final, e o novo treinador, que nem assumira ainda a equipe, sonhava com uma final em outra competição.


O que se viu no campo foi o reflexo de tudo. Três dias de festas que tiraram o clube daquele considerado o maior objetivo do ano. A 'tropa de elite' formada durante nove meses foi desmontada. "Perdeu", literalmente, a vaga na Libertadores. Com os 3 a 0 do América, a equipe guerreira não existia mais. Heróis tornaram-se vilões. Deu-se um apagão. A euforia transformou-se num "silêncio ensurdecedor" no Maracanã. Depois, fora de campo, em violência injustificável. E em meio a toda incompetência, sobrou apenas a desilusão de uma imensa torcida apaixonada. globoesporte.com


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...E nada de malandragem!